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Plantações de maconha são destruídas no Paraguai
Por: Antonio Coca em Maracaju News
Data: 30/04/2008


Agentes da Secretaria Nacional Anti-Drogas do Paraguai, (SENAD) estão destruindo cerca de 300 hectares de maconha que estão plantados na cidade de Capitan Bado cidade que faz fronteira com Coronel Sapucaia no Mato Grosso do Sul.
As roças foram localizadas nas colônias de Cerro Kuatiá, Umbu, San Fernado e Aguará Vevê e algumas estão a cerca de 60 quilômetros da base operacional da SENAD em área de difícil acesso, o que dificulta a destruição.
Para chegar aos locais de plantio são utilizados doi e dezenas de caminhonetes, já que as estradas são de péssimas condições e há o perigo de confronto com narcotraficantes.
A Operação Ará Suno que começou na semana passada e vai até a próxima sexta-feira será realizada em outras oportunidades, já que existe a possibilidade de que asmesmas áreas destruídas agora voltem a ser cultivas.
De acordo com o agente Oscar Chamorro, responsável pelo trabalho na fronteira cada hectare produz três toneladas da droga e que o trabalho vai representar um duro golpe para os traficantes da região. Esta droga abasteceria os mercados do sul do Brasil, Argentina e Chile. Chamorro disse que nestas operações dificilmente é preso o dono pelo plantio que quase sempre é feito sem o consentimento dos fazendeiros donos das terras que na maioria das vezes tem denunciado a ação dos marginais para as autoridades. “O medo e a lei do silêncio imperam por aqui, mas aos poucos vamos diminuindo isso e os marginais começam a perder força dentro da sociedade local”, disse ele.
Chamorro não revela qual a força operacional usada no combate ao narcotráfico, mas diz que são muitas equipes que estão bem treinadas e já possuem o domínio total da região. “Com o aumento de operações nossos agentes já têm um mapeamento das zonas de culturas e agora quando há uma denuncia já sabemos exatamente de qual ponto está se tratando, isso diminui o tempo de resposta em uma operação como esta”.
Isso segundo ele implica em destruir a maconha antes que ela produza flores e sementes, já que nesta fase a planta não tem ainda o desenvolvimento do delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) a substância psicoativa presente na maconha, resposavel pelo efeito alucinógico da droga.
O trabalho de corte da plantação de maconha fica com os agentes conhecidos como “faconeros da SENAD”, que chegam a destruir até 30 hectares da droga em um único dia. Com o uso de facões afiados eles são deixados no local por helicópteros, fazem um reconhecimento por terra em busca de acampamentos das pessoas que cuidam dos plantios e que também são destruídos e trabalham todo o dia antes de deixar o local por volta das cinco horas da tarde quando retornam para o quartel de infantaria em Capitan Bado.
Um dos fatores que segundo as autoridades paraguaias está garantindo bons resultados na luta contra o narcotráfico é a implantação de leia mais rígidas.
Segundo o promotor público Justiniano Cardoso Gomes, que acompanhou a operação, as novas leis estão fazendo com que as pessoas presas e condenadas pelo tráfico ou associação a ele fiquem na cadeia e cumpram as penas impostas.
Cardoso disse que o país não pode amolecer no combate ao plantio de maconha em suas terras e que isso dá uma imagem negativa ao Paraguai perante a comunidade internacional. “Estamos fazendo de tudo para que as pessoas que estejam envolvidas com o narcotráfico sejam colocadas na cadeia e não admiradas como acontecia até agora. Temos que acabar com este tipo de cultura”, disse ele.