PONTA PORÃ/MS - A Polícia Federal de Ponta Porã e a Secretaria Nacional Anti Drogas do Paraguai (Senad) realizaram, ontem, uma entrevista coletiva para divulgar o balanço da Operação Nova Aliança. Foram dez dias de ampla mobilização entre as duas instituições de segurança, na região de fronteira do Cone-Sul, abrangendo os municípios de Ponta Porã/Pedro Juan Caballero, Coronel Sapucaia/Capitán Bado e Paranhos/Ypejhu Canindeyú que resultou no desmatamento de 125 hectares de plantação de maconha e a prisão de seis pessoas.
Em entrevista à reportagem de O Progresso, o coordenador das Forças Especiais do Paraguai, Oscar Chamorra, destacou a importância da ação conjunta dos dois países na luta contra o narcotráfico. É importante lembrar que para o tráfico não existe fronteira. Desta forma, os dois países precisam criar mecanismos que resultem em ações conjuntas para combater o narcotráfico nas fronteiras frisou.
Ele disse ainda que a Operação Aliança apresentou resultados positivos, uma vez que nos dez dias de mobilização, que envolveram centenas de homens, além de amplo aparato de segurança como helicópteros, veículos e armamentos dos dois países, houve uma queima de plantação de maconha equivalente à apreensão de 390 quilos do entorpecente.
Toda esta droga teria como destino, a comercialização no lado brasileiro da fronteira. Esta apreensão, em valores do mercado paraguaio da droga, totaliza uma perca de quatro milhões de dólares para os traficantes explicou, ressaltando que estes números em relação ao mesmo período do ano passado são significativos e observamos a diminuição de plantação da droga na fronteira.
A reunião aconteceu na sede da Delegacia de Polícia Federal em Ponta Porã, com a presença do secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini e representantes da Polícia Federal e da Senad.
A erradicação da droga foi feita em áreas rurais e fazendas nos Departamentos de Canindeyú e Amambay.