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RECORDANDO E CELEBRANDO A VIDA E A OBRA DE RUBEM ALVES
Ano 10 - Nº 29/30
Outubro de 2015
Publicação Virtual de KOINONIA (ISSN 1981-1810)
_Artigo
 
Metamorfoses ( da lagarta à borboleta)...
Por: Iuri Andreas Reblin
Data: 22/10/2015

Faces e fases do pensamento teológico de Rubem Alves*

Iuri Andréas Reblin**

Resumo:
O propósito deste texto é, pois, traçar sucintamente algumas etapas significativas da trajetória de vida deste pensador e mostrar as diversas facetas ou ênfases que sua teologia adquiriu nestas etapas e como ela foi se transformando e criando as características possui hoje. O texto destaca dois pontos específicos no mapa do pensamento e da vida de Rubem Alves: o exílio e o nascimento de sua filha Raquel. A partir destes dois pontos específicos como duas das fases significativas do pensamento de Rubem Alves, o ensaio argumenta sobre a ideia de que a estrutura básica de seu pensamento não se alterou, embora tenha se refinado e se enriquecido por meio da liberdade do silêncio que mora nas palavras que usa e dos encontros e desencontros que aconteceram na conversação entre sua biografia e a história.

Palavras-chave: Rubem Alves – aspectos biográficos. Rubem Alves – pensamento teológico.

A Floresta

Adentrar no pensamento de Rubem Alves é como penetrar numa floresta: você é surpreendido pelo desconhecido e é capaz de maravilhar-se, às vezes, por coisas simples e que escapam dos olhos costumeiramente concentrados na funcionalidade das coisas a nossa volta. Na floresta chamada Rubem Alves, por mais que você conheça as trilhas ou tenha mapas e bússolas em suas mãos, há sempre um caminho escondido, um tesouro enterrado, uma caverna a ser explorada. Afinal, Rubem Alves é um dos pensadores brasileiros proeminentes da atualidade. Teólogo, filósofo, pensador da educação e cronista do cotidiano, Rubem Alves revoluciona em seu discurso e em seu método. Sua leitura crítica do mundo é permeada pela forma com que tem se posicionado em relação ao pensamento teológico de seu tempo. No entanto, este posicionamento comumente passa despercebido no campo da teologia, quer seja por causa do desentendimento entre Rubem Alves e os teólogos da libertação, quer seja por causa do uso de uma ironia kierkegaardina em seu discurso, provocadora de incompreensões. Rubem Alves provoca, conserta e desconserta quem se dispõe a ouvi-lo. Seu pensamento teológico perpassa as diversas fases de sua vida e é inerente a sua forma de se relacionar, de se compreender e de se interagir na sociedade e no mundo que o cerca. Para Rubem Alves, a teologia acontece na conversação entre a biografia e a história.

A Trilha

As trilhas são marcadas no mapa geralmente pelos primeiros desbravadores e nem sempre há uma precisão total em relação a essas demarcações, muitas vezes, por causa do fato da própria floresta ir se transformando conforme o tempo.  No caso de uma breve excursão ao pensamento de Rubem Alves, é possível encontrar uma variedade de mapas e de trilhas que revelam a trajetória do próprio pensamento de Rubem Alves. Leopoldo Cervantes-Ortiz, por exemplo, delimita a atividade de Rubem Alves em seis fases distintas: a) 1956-1964: época de formação; b) 1964-1969: época de militância; c) 1970-1971: época de desilusão e releitura; d) 1972-1975: época de afastamento de certos teólogos da libertação e desdobramentos ocasionados de sua releitura; e) 1975-1982: época de buscas por novas perspectivas e f) 1982 até o tempo presente: época de realizações e de consolidação de um novo jeito de escrever 1. Já Antônio Vidal Nunes propõe uma sistematização mais simples, dividindo a atividade de Rubem Alves em apenas quatro etapas: a fase seminarística, a fase teológica, a fase filosófico-poética e a fase poético-filosófica 2. Essas delimitações destacam momentos expressivos na vida de Rubem Alves e como ele reagiu diante desses momentos. No entanto, isso não significa que aquilo que foi pensado, experimentado e vivido em cada um desses momentos não repercuta nos demais.

A trajetória de vida de Rubem Alves influenciou profundamente sua reflexão teológica. É possível afirmar que a teologia de Rubem Alves, em primeira instância, não resulta de um pensamento rigorosamente refletido e planejado, mas foi acontecendo à medida que Rubem Alves se confrontava com as situações adversas de sua realidade social e, por causa desta, motivado a encontrar novos referenciais de sentido. Em outras palavras, Rubem Alves foi se percebendo teólogo ao longo de sua biografia, a partir de suas experiências de vida. Talvez seja possível afirmar que sua teologia é antes acidental que intencional. É por isso que, ao chegar a uma certa altura de sua vida, ele vai assumir a crítica de outros teólogos, como Hugo Assmann, por exemplo, o qual expressava que Rubem Alves escreve sempre sobre os mesmos assuntos, repetindo-se. O pensador mineiro confirmou essa crítica e atestou que seu tema é sempre o mesmo. O que faz é apenas tecer variações do mesmo tema. 3

Sua história pessoal era o que movia Alves a fazer teologia, mas não em um sentido de urgência metafísica ou soteriológica, mas, sim, no de uma busca por esperanças imanentes, presentes no mundo para sobreviver. Era um caso de vida ou morte, para resistir à frustração, à impotência, à ausência total de paradigmas. Isso pode orientar a teologia para defini-la em termos mais humanos, usando expressões poéticas que enfatizem a ausência, a nostalgia à qual deve responder. 4

Portanto, o pensamento de Rubem Alves encontra-se intimamente vinculado a sua trajetória de vida. Embora seja possível estabelecer inúmeros pontos de demarcação em sua trajetória e, desse modo, tornar mais ‘seguro’ o passeio por seu pensamento e evitar certos equívocos interpretativos (mas que também pode concentrar demais o campo de visão dos aventureiros), esse ensaio acentuará apenas dois momentos: o exílio nos Estados Unidos e o nascimento de Raquel. Juntamente com os acontecimentos circundantes, esses marcos são os dois pontos essenciais a serem considerados, para que uma aventura na floresta não se transforme numa tragédia. O exílio nos Estados Unidos foi o momento em que Rubem Alves organizou seu pensamento teológico pela primeira vez 5. O nascimento de sua filha Raquel marca o abandono do estilo acadêmico de escrever e uma aproximação às coisas do cotidiano, a erupção da paixão pela vida e por suas nuances 6. A incorporação de um novo jeito de se expressar, sobretudo, por meio da linguagem poética em peças ensaísticas recheadas de elementos simbólicos e eróticos trouxe Rubem Alves a um novo patamar entre os pensadores latino-americanos. Assim, é possível asseverar que, se, num primeiro momento, Rubem Alves era uma lagarta irrequieta que repensou sua trajetória em seu casulo, num segundo momento, ele torna-se uma borboleta capaz de voar por céus nunca antes percorridos.

A Lagarta

Em seu ensaio “Do Paraíso ao Deserto: reflexões autobiográficas”, Rubem Alves salientou que sua trajetória de vida é marcada por diversas rupturas 7: a perda de referenciais emocionais e o anonimato social decorrente da mudança da família do interior para a grande cidade; o abandono do fundamentalismo acarretado pelo estudo da teologia no Seminário Presbiteriano em Campinas; a desilusão em relação à realidade eclesiástica e em relação a uma visão legalista e inquisidora de Deus. Essa auto-avaliação adquire forma no período de seu exílio nos Estados Unidos. Até então, Rubem Alves havia sido um teólogo e um pastor dedicado em tornar o projeto de uma eclesiologia voltada ao cotidiano e à realidade além dos muros institucionais proposta por Richard Schaull algo concreto na vida da comunidade que pastoreava e das pessoas a sua volta. No entanto, enquanto Rubem Alves concluía seu mestrado em teologia em Nova York, a liderança conservadora que tomou as rédeas da instituição naquela época vetou quaisquer iniciativas, aliando-se ao regime militar. Ao retornar ao Brasil, Rubem Alves soube que havia sido denunciado à Ditadura Militar. Então, conseguiu arranjar um doutorado nos Estados Unidos e saiu do Brasil.

No exílio, inicia sua pesquisa de doutorado e questiona profundamente a tradição teológica sem abandoná-la e o papel das ideologias e das utopias na ordem social, além de criticar o protestantismo pela sua posição ideológica. Rubem Alves entendeu a tese de doutorado como uma tentativa de se re-encontrar e de re-inventar as palavras, “um exercício em utopia, as marcas de uma comunidade que não existe em lugar algum (é invisível) e que, por isto mesmo, está em todos os lugares (é católica, universal), um horizonte do desejo, algo que ainda não nasceu mas que, se nascesse o mundo todo sorriria” 8. Sua intenção era elaborar uma eclesiologia que preenchesse os vazios deixados pela dor do exílio e pela sua decepção com a Igreja Presbiteriana do Brasil. No entanto, o resultado se tornou mais próximo de uma reflexão acerca da linguagem e das estruturas de poder. Tratava-se de “uma meditação sobre a possibilidade de libertação” 9, que ganhou o nome de Towards a Theology of Liberation (Para uma Teologia da Libertação) defendida em 1968 e publicada em 1969 com o título A Theology of Human Hope (Uma Teologia da Esperança Humana) 10.

No prefácio à publicação brasileira de sua tese de doutorado, Sobre Deuses e Caquis, Rubem Alves esclarece a justificativa do título original da tese, que reflete o pensamento desenvolvido pelo autor ao longo do texto. Em primeiro lugar, tratava-se da dificuldade em dizer o mistério. A partir da compreensão de Rudolf Otto, Rubem Alves afirma que Deus é um grande mistério incapaz de ser dizível por meio de palavras. A teologia torna-se, assim, em primeiro lugar, um discurso humano que revela o vazio que surge da relação ambígua que o ser humano estabelece no convívio social, com o meio, com outros seres humanos e consigo mesmo. A teologia é muito mais modesta do que se pressupõe: é incapaz de descrever a anatomia, a psicologia e a fisiologia divinas. Deus é o mistério que ronda a existência humana e a teologia é o discurso acerca desse mistério. Como esse mistério é indizível, resta ao ser humano o discurso sobre si mesmo e sobre como ele se encontra ou se confronta com esse mistério. É um discurso acerca da esperança. No entanto, essa esperança não pertence apenas à esfera da subjetividade. Ela se exprime como política11 . Rubem Alves explica isso da seguinte maneira:

Acontece que a teologia cristã se constrói sobre a absurda afirmação da encarnação: Deus se fez homem, eternamente. O que significa que Deus desaparece, mergulha para todo o sempre na invisibilidade, e a única coisa que resta para ser vista é o rosto do homem e o jardim que lhe é prometido. Não Deus, mas o Reino, não o Rosto impossível de ser contemplado, mas a terra transfigurada. “Eis que faço novas todas as coisas...” Era isto: falar sobre este fazer que traz um novo amanhã. [...] Esperança em movimento, lutando por um futuro, (a)feto que deseja sair, mesmo que pela angústia de passagens apertadas, parto: libertação. 12

A partir desse momento, Rubem Alves se volta a temas mais filosóficos, em especial, busca por uma compreensão do fenômeno religioso, um de seus temas preferidos. A ênfase de seu pensamento nesta fase mais filosófica está na historicidade do ser humano, na linguagem como o mundo em que o ser humano vive e transita, na linguagem da fé como inerente à história e como expressão da imaginação, no corpo, cuja existência histórica é perpassada pelos símbolos, e nos aspectos subversivos e criativos deste. Rubem Alves também lança seu olhar à educação, onde defende “a importância da dimensão afetiva no processo de aprendizagem. Uma vez que é o afetivo que nos move na busca de superação de nossos limites, propugnaria uma educação desafiadora, motivadora e vinculada à vida” 13. Todas essas ênfases são permeadas por um olhar interdisciplinar sagaz e criativo, expressando sua genialidade no raciocínio e sua motivação por uma sociedade que emirja a partir das dores dos oprimidos e que seja capaz de estabelecer novas relações para o amanhã por meio da linguagem. Não imaginaria ele, no entanto, que alçaria vôos mais altos depois do nascimento de sua filha.

A Borboleta
Antônio Vidal Nunes narra que, quando a filha de Rubem Alves nasceu, um novo mundo se abriu diante de seus olhos. A partir desse momento, sua ênfase se volta à poesia, e o místico que dormia dentro dele desperta 14. Esse novo momento na vida de Rubem Alves, interpretado por Nunes como uma experiência de conversão, no sentido descrito por Rubem Alves em O Enigma da Religião, marcou profundamente o teólogo mineiro que descreveu seu encontro com sua filha da seguinte maneira:

Lídia tinha passado por uma cesárea, um parto doloroso e, por isso, fui a primeira pessoa da família a estar com minha filha. Assim que a tomei nos braços, senti como se uma pedra tivesse batido contra a minha janela. A vidraça havia estilhaçado. Naquele momento repensei toda a minha vida. Percebi que tudo aquilo que havia realizado até então fazia pouco sentido. [...] A chegada de minha filha significou uma experiência de libertação. A partir do seu nascimento, decidi escrever apenas coisas nas quais realmente acreditasse. Descobri que o ser humano é constituído por uma sutil combinação de corpo e palavras. Procurei, então, a beleza da poesia para transmitir à Raquel uma imagem de mundo especial. 15

A filha de Rubem Alves nasceu com uma fissura labial palatal e, desde cedo, exigiu muita atenção dos pais 16. Esse cuidado em relação à filha resultou-lhe no hábito de escrever e de contar estórias à pequena criança. Nas palavras de Nunes, com o nascimento de Raquel, Rubem Alves

[...] descobriu que não havia mais como ser o que antes era, fazer o que antes fizera, publicar o que antes publicara. ‘Quando ela nasceu, descobri que – absolutamente – eu não poderia perder tempo nenhum em minha vida escrevendo academicamente. Eu rompi com o estilo acadêmico porque eu decidi que a vida é muito curta, muito misteriosa, e eu não tinha tempo para perder” [...]

Os problemas vividos por Raquel e a dificuldade para ela se alimentar exigiam cuidados especiais por parte dos pais. Ela não conseguia se amamentar nem reter os alimentos em sua boca, precisava de todo apoio para que pudesse ingeri-los. A tranqüilidade e a docilidade da filha facilitava a tarefa dos pais nos cuidados que tinham com ela.

A filha, desde cedo, teve de passar por inúmeras cirurgias, o que representou sempre um enorme sofrimento para ela e para os genitores. Alves querendo ajudar a filha em seu sofrimento passou a lhe escrever e a lhe contar histórias. Era a forma que encontrava para se comunicar com a filha e ajudá-la a aliviar sua dor. Foi assim que surgiu a Operação de Lili e muitas outras histórias. 17

Nessa fase de seu pensamento, depois dos quarenta anos de idade, que Rubem Alves chegou à conclusão de que não escreveria mais para filósofos, teólogos ou outros estudantes do mundo acadêmico, mas para pessoas comuns 18. Assim, grande parte de sua produção literária, principalmente, aquela escrita a partir de 1982, são crônicas destinadas ao público em geral. Estas tratam dos encantos e dos desencantos da vida, elaboradas sobre os princípios da saudade, das lembranças, da beleza e dos símbolos religiosos (princípios constituintes de sua teologia, a qual entende como um discurso sobre a vida e a morte, construído com os símbolos religiosos e com as memórias que uma tradição ‘enfiou’ em sua carne 19). A partir do ato de contar histórias, Rubem Alves também vai esboçar sua proposta pedagógica que se oporá a uma educação ‘massificadora’, a qual domestica o corpo humano, aprisionando os sonhos e transformando pessoas em ‘bonecos de maneira’: uma inversão da história de Pinóquio 20. A ênfase será dada no corpo e no ato de se contar histórias que despertem a alegria e o prazer, os quais são os articuladores da vontade de aprender.

Enfim,

Nessa fase, se constata uma perda do interesse pelas investigações acadêmicas, pelas pesquisas científicas e filosóficas. Com alguns acontecimentos na vida de Alves, sobretudo o nascimento de sua filha, Raquel, em 1975, ele começou a pegar um novo caminho. Iniciou o trabalho com a metáfora; passou a escrever a partir do fluir da vida; não usava as palavras frias da ciência, mas as palavras saborosas dos poetas.

De certa forma, vive e leva a sério o que havia anteriormente dito o [Rubem Alves] filósofo: o homem é antes de tudo um ser de amor. Como filósofo, ele indicou veredas novas; como poeta, cronista do cotidiano e místico, ele percorre essas estradas. É preciso uma visão de conjunto de sua obra, para perceber a maneira como o teólogo, o filósofo e o poeta-místico se articulam na existência e na singularidade histórica desse pensador mineiro. 21

Referências
ALVES, Rubem. Da Esperança. Campinas: Papirus, 1987.
ALVES, Rubem. O Enigma da Religião. 5. ed. Campinas: Papirus, 2006.
ALVES, Rubem. Se eu pudesse viver a minha vida novamente... 8. ed. Campinas: Verus, 2004.
ALVES, Rubem. Variações sobre a vida e a morte ou o feitiço erótico-herético da teologia. São Paulo: Loyola, 2005.
CERVANTES-ORTIZ, Leopoldo. A Teologia de Rubem Alves: poesia, brincadeira, erotismo. Campinas: Papirus, 2005.
NUNES, Antônio Vidal. Etapas do itinerário reflexivo de Rubem Alves: a dança da vida e dos símbolos. In: NUNES, Antônio Vidal (org.). O que eles pensam de Rubem Alves e de seu humanismo na religião, na educação e na poesia. São Paulo: Paulus, 2007, p. 11-51.
REBLIN, Iuri Andréas. Outros cheiros, outros sabores... o pensamento teológico de Rubem Alves. 2ª ed. rev. e ampl. São Leopoldo: Oikos, 2014. Disponível em: <http://www.est.edu.br/downloads/pdfs/biblioteca/livros-digitais/REBLIN-Outros_cheiros.pdf>. Acesso em: 30 set. 2015.

 

*     Uma versão deste texto foi originalmente apresentada no Simpósio Internacional de Teologia Pública na América Latina, sob o título: Da lagarta à borboleta: as metamorfoses do pensamento teológico de Rubem Alves, em 2008.

**    É pesquisador associado à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), onde realiza seus estudos de pós-doutoramento na área de histórias em quadrinhos, sob a supervisão do prof. Dr. Waldomiro Vergueiro. É Doutor em Teologia, vencedor do Prêmio Capes de Tese de 2013. Professor no Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Teologia da Faculdades EST, em São Leopoldo, RS. Autor e co-organizador de diversas publicações envolvendo estudos de mídia (especialmente quadrinhos), cultura pop e religião, com destaque para Para o Alto e Avante: uma análise do universo criativo dos super-heróis (Porto Alegre: Asterisco, 2008), Super-heróis, cultura e sociedade: aproximações multidisciplinares sobre o mundo dos quadrinhos (Aparecida: Ideias e Letras, 2011 – co-organizado com Nildo Viana), O Planeta Diário: rodas de conversa sobre super-heróis, quadrinhos e teologia (São Leopoldo: EST, 2013) e O Alienígena e o Menino (Jundiaí: Paco Editorial, 2015), é membro da Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS), de Leopoldina, MG, da qual foi um de seus membros fundadores. Currículo Lattes disponível em: http://lattes.cnpq.br/4008773551065957 E-mail: reblin_iar@yahoo.com.br

1     Cf. CERVANTES-ORTIZ, Leopoldo. A Teologia de Rubem Alves: poesia, brincadeira, erotismo. Campinas: Papirus, 2005. p. 44-47.

2     Cf. NUNES, Antônio Vidal. Etapas do itinerário reflexivo de Rubem Alves: a dança da vida e dos símbolos. In: NUNES, Antônio Vidal (org.). O que eles pensam de Rubem Alves e de seu humanismo na religião, na educação e na poesia. São Paulo: Paulus, 2007. p. 15-47 (p. 11-51).

3     REBLIN, Iuri Andréas. Outros cheiros, outros sabores... o pensamento teológico de Rubem Alves. 2ª ed. rev. e ampl. São Leopoldo: Oikos, 2014.  p. 40-41. Disponível em: <http://www.est.edu.br/downloads/pdfs/biblioteca/livros-digitais/REBLIN-Outros_cheiros.pdf>. Acesso em: 30 set. 2015.

4     CERVANTES-ORTIZ, 2005, p. 38.

5     Cf. CERVANTES-ORTIZ, 2005, p. 44.

6     Cf. NUNES, 2007, p. 41ss.

7     Cf. ALVES, Rubem. O Enigma da Religião. 5. ed. Campinas: Papirus, 2006. p. 9-32. Também observado por Leopoldo Cervantes-Ortiz, cf. CERVANTES-ORTIZ, 2005, p. 34ss.

8     ALVES, Rubem. Da Esperança. Campinas: Papirus, 1987. p. 36-37.

9     ALVES, 1987, p. 39.

10    O editor que se interessara pelo trabalho de Rubem Alves achou conveniente mudar o título da tese para fins de publicação, em virtude da repercussão da Teologia da Esperança, de Jürgen Moltmann na época. Assim, a obra de Rubem Alves poderia entrar no debate teológico daquele tempo (ALVES, 1987, p. 41). No Brasil, a publicação adquiriu o nome Da Esperança, em 1987.

11    Cf. ALVES, 1987, p. 40.

12    ALVES, 1987, p. 40-41. Grifos no original.

13    NUNES, 2007, p. 41.

14    Cf. NUNES, 2007, p. 42.

15    ALVES apud NUNES, 2007, p. 42.

16    Cf. NUNES, 2007, p. 42.

17    NUNES, 2007, p. 44-45.

18    Cf. ALVES, Rubem. Se eu pudesse viver a minha vida novamente... 8. ed. Campinas: Verus, 2004. p. 23.

19    ALVES, Rubem. Variações sobre a vida e a morte ou o feitiço erótico-herético da teologia. São Paulo: Loyola, 2005. p. 11.

20    STRECK, Danilo. Correntes Pedagógicas: aproximações com a teologia. Petrópolis: Vozes, CELADEC - Região Brasil: Curitiba, 1994. p. 103-119.

21    NUNES, 2007, p. 50.